sábado, 17 de outubro de 2009

Olá pessoas,a escolha desse tema tem como objetivo maior debater as questões que encontramos em várias instituições escolares em relação ao tema gênero.
O interesse pelo tema justifica-se pelo fato de eu ser um homossexual que atua como docente das séries iniciais .Meu intuito neste blog é despertar a atenção para a questão do preconceito nas escolas.

No início de minha trajetória na unidade escolar, logo percebi olhares de alguns colegas de discriminação,pelo fato de minha aparência física.
Quando comecei conhecer as instalações da escola, notei que não era o único homossexual neste âmbito, havia um cozinheiro e um faxineiro também. Ao longo dos dias já inserido neste contexto escolar, pude observar como seria importante me dedicar ao máximo para que meu lado profissional fosse o melhor, ao ponto que ultrapassasse os limites do preconceito, fazendo com que houvesse o reconhecimento pelo trabalho que estava desenvolvedo junto aos discentes.
O tempo foi passando e o primeiro obstáculo venci , que foi o de demonstrar que eu era capaz de separar minha vida pessoal da profissional, e obtendo em cada aula dada um grande êxito com os alunos. Nesse decorrer do tempo presenciei um grande preconceito que a diretora cometera contra o cozinheiro da unidade, a discriminação foi tamanha que foi necessário deslocar o cozinheiro pra outra unidade, por que segundo ela, o mesmo não seguia a filosofia da escola .
Como eu tinha amizade com o cozinheiro e ficávamos conversando nas horas vagas, após a saída dele, ela me chamou e me deu uma advertência.Me disse que não queria ver eu conversando com o outro funcionário, pois iria sujar a imagem da escola, e que a filosofia seguida pela escola era pautada a ideologia da igreja católica,e que nossa sexualidade era contra essa filosofia.
Me senti como se estivesse em uma época em que o ensino não era "democrático e laica" frente a tamanha posição da gestora.
Na época não sabia dos meus direitos ,como sei hoje.Continuo atuando na mesmo escola,porem hoje ,a gestora percebe que sei plenamente dos meus direitos,e ja não faz tanto o uso de abuso de poder como antes.

Por isso que decidi abordar tal tema,pois sou uma prova viva desta questão.

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